segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Notre Dame de Paris"- Victor Hugo

Nunca ouviram falar desse livro? Bem, eu também não sabia que se chamava assim. A tradução para o português do título foi "O Corcunda de Notre Dame". Meu pai me explicou, antes de eu sequer enconstar em uma página da obra, que esse transporte lingüístico foi um erro crasso. Victor Hugo não escreveu sobre o corcunda. Nem sobre a Esmeralda. Ele escreveu sobre a catedral, símbolo romântico do medievalismo da Paris do século XVIII.
Confesso que passei da metade do volume e só. A história é dinâmica e envolvente, se excluirmos as chatésimas descrições imensas da catedral. Ocorre que o exagero romântico escorre de tal forma que se torna, como dizia o caro Eça, "uma maçada" prosseguir a leitura.
São sempre as mesmas coincidências mirabolantes, as aventuras ingênuas, as personagens irreais. Ao mesmo tempo, um quê sombrio e romanticamente triste vaga alguns capítulos, como se fosse um rastro de "Os miseráveis" em páginas alheias.
Honestamente, eu não perderia meu tempo lendo mais de 500 páginas para conhecer esse drama parisiense. Legal, talvez, literariamente muito importante, sem dúvida. Mas acho que esse livro é datado demais. Hoje, seria "uma maçada".

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